Usinagem: A evolução do serviço no Brasil

Usinagem: A Evolução dos Serviços no Brasil

Usinagem: A Evolução dos Serviços no Brasil

Não importa qual seja o setor de atuação de uma empresa, ser competitiva é fundamental, especialmente se a empresa for ligada a serviços de usinagem CNC, por exemplo.

Você em algum momento, já parou para refletir o quanto a tecnologia está presente no dia a dia das pessoas e no quanto ela se tornou fundamental para que determinada empresa otimize produções e resultados, destacando-se perante os concorrentes?

E o que alavancou esse avanço tecnológico? Se você respondeu a necessidade e demanda, acertou.  No entanto, hoje temos muito mais opções tecnológicas do que demandas a serem atendidas por elas, quando nos referimos à usinagem.

O que percebemos nesse sentido é que, por exemplo, na área de ferramentas de corte para usinagem CNC, os profissionais que atuam neste segmento devem buscar a todo momento, dominar as competências e estratégias de serviços mais criativas, para que a empresa se diferencie perante as demais.

Fazendo um recorte aos serviços em usinagem no Brasil e traçando um paralelo entre os tempos mais primórdios até o contexto atual, veremos que a evolução teve momentos variados.

Da estagnação nos anos 80, onde havia escassez de fornecedores, passando pelos anos 90 onde temos então uma abertura de mercado, passando pelos anos 2000 onde se percebia a necessidade não apenas de tecnologia, mas também de estratégias, e 2010, onde a usinagem exclui aqueles que não se profissionalizaram, temos um longo caminho.

No artigo de hoje, iremos fazer uma breve viagem durante essas décadas, no que diz respeito a evolução dos serviços em usinagem. Das máquinas rústicas até a tecnologia CNC, confira a seguir como se deu por linhas gerais, essa incrível evolução na produção de peças.

Das máquinas rústicas até a tecnologia CNC

Tomando a década de 80 como referência inicial para compararmos as décadas e a evolução da usinagem no Brasil, é importante mencionarmos que foi nessa década que os sistemas flexíveis de fabricação passaram a ter aplicação em larga escala.

Retrocedendo um pouco, se fora do país, em 1949 temos o famoso contrato da empresa Parson com a Usaf, para a construção de máquinas com CN, somente em 1967 temos as primeiras aplicações de CN no Brasil, sendo que apenas em 1971 temos o primeiro torno com CN fabricado aqui.

Voltando aos anos 80, esse período pode ser definido como uma época em que conhecer usinagem em si já era suficiente. Bastava analisar o processo de usinagem de determinada empresa/ cliente, em todo seu conjunto (máquina/ferramenta/ peça), e com os resultados se produziam relatórios econômicos e técnicos.

Determinar parâmetros de corte e a aplicação correta das ferramentas já supriam as necessidades daquele período.

Como estávamos em um contexto cuja abertura do mercado para entrada de produtos importados era muito estreita, devido a política protecionistas do mercado local, a evolução da tecnologia, já presente em outros países, não entrava.

Com um mercado interno gigantesco, a disputa não era acirrada, bem como a qualidade e agilidade de produção também não eram tidas como prioridades.

Poucas opções acarretavam na obrigatoriedade do consumo de produtos ultrapassados, e o pior, com valores exorbitantes, em relação aos produtos mais evoluídos de países como Estados Unidos e também continente europeu.

A hiperinflação e desvalorização da moeda, davam a tônica do período.

Década de 90 e abertura do mercado

Já nos anos 90, uma melhoria econômica é visível. A temida hiperinflação, dominante na década passada, passa a ser controlada e as pessoas passam a ter uma percepção mais apurada, no que diz respeito ao valor real, tanto de serviços quanto de bens.

Concomitantemente a essa nova perspectiva, a evolução dos serviços de usinagem no Brasil dá um salto, devido a abertura do mercado para as importações.

Isso se tornou possível, graças a possiblidade de empresas estrangeiras poderem produzir ou vender no Brasil, seus serviços e produtos em geral.

Com isso, o atraso tecnológico começa a ser minimizado, e a competição a ser estimulada, entrando em choque com a falta de concorrência que nos foi tão nociva nos anos passados.

Eficiência produtiva

Um dos fatores decorrentes da abertura do mercado na década de 90 e que deu um “up” nos serviços de usinagem aqui no Brasil, foi a otimização da eficiência produtiva.

Isso pelo fato da indústria sentir a pressão pela qualidade, devido a exigência de seus clientes e público.

A maior cobrança e exigência por qualidade, a nova postura perante os testes comparativos, apontou então uma nova realidade. Não era mais suficiente que os colaboradores das empresas de usinagem, apenas dominassem as ferramentas, os parâmetros de corte, ou a aplicação.

Era imprescindível naquele momento, ter uma visão ampla e holística de todo o processo e da gestão da produção como um todo.

Sendo assim, as empresas que dominassem estratégias e os métodos adotados nos processos de usinagem, saia na frente da concorrência.

Anos 2000: o boom da exportação automotiva

A abertura do mercado promoveu na década de 2000, uma elevada lista de produtos exportados para cá, em especial os automóveis.

Os preços dentro da realidade do bolso dos brasileiros e as inovações tecnológicas que até então, só marcavam presença lá fora, atraiam cada vez mais os consumidores ávidos pelas novidades.

Nesse período, era comum que uma empresa automotiva vendesse cerca de cem mil veículos por ano. Boa parte dessas empresas conseguiam comercializar esse extenso volume de carros, sem sequer possuir uma rede de atendimento especializada e adequada às necessidades do momento.

Para termos uma ideia, algumas das fabricantes tampouco tinham como executar o suprimento de peças de reposição.

Essa necessidade refletiu diretamente no mercado de usinagem e serviços relacionados, com a  atualização por parte das montadoras, de seus parques de máquinas, por exemplo.

Regime de produção CKD (Completely Knocked Down)

Se inicialmente o regime de produção adotado era o CKD (Completely Knocked Down), ou seja, veículos desmontados para exportação, muitas empresas de fora passaram a nacionalizar suas peças e a produzir os carros de forma quase que completa, no país.

O Governo brasileiro com a abertura de mercado, jogou uma espécie de isca para as empesas de fora. Primeiro, deixou com que elas se impressionassem com o potencial de compra, e depois, adotou leis que implicavam que a produção dos automóveis fosse em solo brasileiro, por exemplo.

A disputa acirrada entre as fabricantes e montadoras, elevou também a qualidade dos produtos e da produção das peças, além de gerar preços mais competitivos.

Se antes, partia-se dos custos para gerar os preços, nessa época o ponto de partida era o preço possível para formar os custos.

Com essa realidade, as empesas passaram a adotar uma prática denominada downzising, que demandava a terceirização e enxugamento das estruturas e da pirâmide hierárquica.

Fabricantes de autopeças e fornecedores de ferramentas para usinagem: uma nova realidade

Antes de chegarmos até esse contexto, as empresas fabricantes de peças para automóveis, por exemplo, não tinham a responsabilidade de executar a montagem dessas peças nos carros.

Elas apenas entregavam seus componentes nos setores de recebimento das montadoras. Com a mudança que o mercado impôs ao setor, elas passaram a ir diretamente na linha de produção e montar.

Sendo assim, quem fornecia ferramentas e só tinha a responsabilidade de escolher e aplica-las, passou a executar a gestão de todo o fluxo, o que incluía:

  • Presseting (preparação e montagem);
  • Transporte;
  • Distribuição;
  • Reposição de estoques, etc.

Novo desafio implicava em maior conhecimento

Certamente que o desafio de gerenciar todo o fluxo da produção e montagem, implicava em maior aperfeiçoamento de conhecimentos, bem como do auxílio da tecnologia para otimizar todo o processo.

Aquele que atuava então como “simples” fornecedor de peças, sentia agora, a necessidade de ampliar seu conhecimento. Aquele que vendia tinha que além de vender, administrar e, portanto, desenvolver estratégias diferenciadas para ganhar destaque na acirrada competição no setor de usinagem.

Ninguém ia muito longe sozinho, portanto, essa evolução fez com que parcerias se estabelecessem, criando então, elos na cadeia de suprimentos.

Mais do que nunca, o sucesso no mercado da usinagem demandava alianças com aqueles que possuíam determinadas expertises e competências.

Sendo assim, o retrato dessa época podia ser descrito da seguinte forma: sentados à mesa, fornecedores que negociavam suas ferramentas, tinham (ou buscavam ter) conhecimento não apenas acerca da usinagem em si, mas também o conhecimento do contexto estratégico de manufatura dos clientes com os quais, negociavam.

O fato de tão somente usinar uma peça já não satisfazia as necessidades. Era preciso também saber quais modelos de gestão, adotar.

Dentre as modernas práticas de gestão daquele cenário, destacavam-se:

  • Lean Manufacturing, Kaizen;
  • Milk Run;
  • Poka Yoke;
  • Supply Chain
  • 5 s;
  • Seis Sígma;
  • Lean Seis Sígma;
  • Just in Time, etc.

Claro que a mudança que o ambiente demandava, não se dava de uma hora para outra, tampouco sem custos.

Quem estava antenado com as novas diretrizes do mercado e pensava à frente, investia na capacitação de pessoal, pois em pouco tempo, amadores não teriam mais espaço no mercado, sendo que apenas os mais bem preparados, com postura altamente profissional, sobreviveriam.

Na década de 2010, quem não investiu em se reciclar e inovar, tornou-se “marginalizado” perante o mercado.  Muitas empresas vieram “a óbito”, por não acompanhar as mudanças e não dominar novos métodos de gestão da usinagem.

Sustentabilidade da vida e do meio ambiente: o panorama da década de 2010

O setor da usinagem e da indústria em geral, seguiu evoluindo. A década de 2010 é marcada por questões como crescimento demográfico contínuo, e também pela escassez de alimentos, por exemplo.

Com isso, fatores como aquecimento global e sustentabilidade passam a ser preocupações das pessoas e consumidores, e obviamente, das indústrias.

Cada vez mais é necessário que se desenvolva fontes de energia limpa, novas alternativas sustentáveis, e que os carros possam consumir menos energia fóssil, por exemplo.

Hábitos de consumo e a busca pelo viés sustentável, mostram o quanto as pessoas estão mais inclinadas à criticidade. Portanto, quem não se adaptava ao cenário, sucumbia.

Aquela estabilidade, que antes era promovida por um simples certificado de qualidade convencional, já não é o bastante. Entram em cena os “selos verdes”, que representam então o produto ou serviço ambientalmente saudável.

O acesso em maior escala à internet, garante ao público, mais acesso à informação, colaborando assim para um nível de consciência e comportamento muito mais exigente quanto as questões sustentáveis e ambientais.

Se pensarmos que, partindo desse princípio apenas as empresas supercompetentes ocupam lugares de destaque no mercado, qual seria o diferencial que colocaria uma em vantagem perante a outra?

A disputa passa então a se realizar no campo da responsabilidade. Seja ela física, humana, moral, ética, intelectual e sobretudo, ideológica.

O papel da usinagem CNC

Traçado esse panorama histórico da evolução dos serviços de usinagem e do mercado, é impossível não mencionarmos o papel da usinagem CNC em toda essa trajetória.

A principal “bandeira” da usinagem CNC foi, de fato, automatizar e otimizar o processo de fabricação de peças, não somente para a indústria automotiva, mas para a indústria num todo.

Usinagem CNC é como chamamos a gestão de maquinas por meio de ferramentas específicas que podem ser programadas por computadores, gerando assim uma performance superior na produção.

Hoje, para que o desempenho de uma linha de produção seja satisfatório e competitivo, investir em máquinas CNC é fundamental.

As vantagens de um centro de usinagem CNC não se encerram apenas quanto a velocidade e número de peças produzidas, mas também Centro de Usinagem CNC, as peças usinadas são desenvolvidas no mais alto padrão no que diz respeito a qualidade dessas peças.

Hoje, com a evolução dos serviços relacionados à usinagem, uma empresa não precisa apenas depender da importação e exportação de peças para sobreviver.

Ao contrário, em muitas situações é preferível apostar na aquisição dos próprios equipamentos e investir na produção própria.

Podemos sem sombra de dúvidas, afirmar que com a (r)evolução da usinagem CNC, os movimentos mais específicos permitidos pelo Controle Numérico Computadorizado (daí o significado para a sigla CNC), o processo de usinagem alcança seu mais elevado nível de qualidade até o momento.

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